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“Da vida não se leva nada. Vamos sorrir e cantar”, disse Silvio Santos

Senor Abravanel, mais conhecido como Silvio Santos, nos deixou aos 93 anos em um sábado ensolarado.
Silvio Santos morre aos 93 anos em São Paulo | Reprodução/SBT

“Da vida não se leva nada. Vamos sorrir e cantar”, disse Silvio Santos

Senor Abravanel, mais conhecido como Silvio Santos, nos deixou aos 93 anos nesse sábado ensolarado. Nascido no bairro da Lapa, no Rio de Janeiro, então capital do Brasil, é o primogênito dos seis filhos de um casal de imigrantes judeus sefarditas vindo em 1924 para o Brasil.

Formado em técnico de Contabilidade, Silvio iniciou sua carreira como camelô, comercializando capas de título de eleitor. Passou em primeiro lugar em um teste na Rádio Guanabara, mas preferiu seguir como camelô porque faturava mais.

Passou a atuar no Exército Brasileiro na Escola de Paraquedistas e, aos domingos, trabalhava na Rádio Mauá. Desse momento em diante, atuou em diversas rádios e também criou um negócio de publicidade nas barcas de Niterói, chegando a manter um bar e bingo para animar os passageiros durante a travessia.

Em parceria com Manuel da Nóbrega, tornou o Baú da Felicidade conhecido em todo o Brasil. Seu primeiro programa na TV, Vamos Brincar de Forca, estreou em 1960 e era transmitido pela TV Paulista, antigo canal 5 de São Paulo (e que se tornaria a TV Globo anos depois).

Em 1975, Silvio conseguiu sua própria concessão de TV, inaugurando em 1976 a TVS Rio de Janeiro. Em 1981 surgiu o Sistema Brasileiro de Televisão e com ele a Tele Sena, Qual é a Música?, Topa Tudo por Dinheiro, Teleton e Show do Milhão, Hebe Camargo, Gugu Liberato, exibição de Rambo, Jô Soares, Marília Gabriela, Serginho Groissman e Casa dos Artistas.

A pandemia de covid-19 manteve Silvio afastado da TV. Seu último programa foi exibido em fevereiro de 2023.

Genial, simples, direto, informal, inconformado, comunicativo, empresário, polêmico, político, cantor, administrador e do povo, Silvio se tornou o Rei da TV e definiu o espírito de uma geração ao conseguir reunir e entreter a família brasileira aos domingos. Como ele mesmo disse, envelhecer, se reinventar tanta veze é um privilégio. “Da vida não se leva nada. Vamos sorrir e cantar”, disse certa vez.

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