Relatório conduzido pela Organização Internacional do Trabalho, Lloyd’s e Gallup também revela que 1 em cada 5 pessoas no mundo já sofreram algum tipo de violência e assédio no trabalho
A Organização Internacional do Trabalho (OIT), em parceria com a Lloyd’s Register Foundation (LRF) e Gallup, conduziram uma pesquisa mundial em 2021 com quase 75 mil pessoas, com 15 anos ou mais, em 121 países. Das pessoas entrevistadas, 17,9% disseram ter sido vítimas de violência e assédio psicológicos em sua vida profissional. Outros 8,5% disseram ter enfrentado violência e assédio físicos.
A recorrência foi outro componente importante mapeado pela pesquisa. Mais de três em cada cinco vítimas disseram ter sofrido violência e assédio no trabalho múltiplas vezes e, para a maioria, o incidente mais recente ocorreu nos últimos cinco anos.
A pesquisa inédita também avaliou os fatores que impediram as pessoas de falar sobre suas experiências. Culpa, vergonha e falta de confiança nas instituições são os motivos mais citados pelos profissionais. Outro ponto muito relevante apontado é que esses comportamentos são tidos como “normais” ou parte da cultura das instituições.
O fato é que a violência no trabalho é difícil de medir, uma vez que apenas metade das vítimas em todo o mundo havia revelado suas experiências para outra pessoa, e muitas vezes somente depois de terem sofrido mais de uma forma de violência e assédio. Os motivos mais comuns apresentados para a não divulgação foram “perda de tempo” e “medo por sua reputação”.
O estudo, que recebeu o nome de “Experiências de Violência e Assédio no Trabalho: Primeira Pesquisa Mundial”, também revelou que 6,3% das pessoas relataram ter enfrentado violência e assédio sexuais, sendo as mulheres mais expostas. Aliás, as mulheres jovens tinham o dobro da probabilidade dos homens jovens de ter enfrentado violência e assédio sexuais.
O relatório completo está em inglês e pode ser acessado clicando aqui
