Lipedema atinge 11% das mulheres e maioria não sabe
Cerca de 11% da população feminina global é afetada pelo lipedema, uma condição caracterizada pelo acúmulo cúmulo desproporcional de gordura nas extremidades do corpo, frequentemente nos membros inferiores e superiores.
O lipedema, cuja causa permanece um mistério, é predominantemente observado em mulheres e normalmente começa durante a puberdade. Alterações hormonais durante a gravidez ou a menopausa podem agravar a condição. “É uma condição quase que exclusivamente feminina e altamente prevalente. É uma doença extremamente prevalente e facilmente confundida com celulite, obesidade e doenças vasculares”, explica o cirurgião plástico Carlos Lobo.
Os sintomas geralmente se manifestam primeiro na parte inferior do tronco e progridem com um aumento simétrico de massa em relação ao resto do corpo. Outro sinal clínico comum é o “sinal do manguito” ou um espessamento de gordura no tornozelo.
Além do aumento de peso, o lipedema é caracterizado por sensibilidade ao toque e dor quando pressionado. Muitos pacientes também experimentam equimoses espontâneas devido à fragilidade capilar.
Apesar de sua alta prevalência, a falta de conhecimento pode levar a um diagnóstico equivocado de obesidade ou celulite. Estudos indicam que o aumento da massa de tecido adiposo que causa dor ao toque, caminhada ou exercício físico piora com o tempo, resultando em danos permanentes ao sistema linfático e circulatório, potencialmente levando a outras complicações médicas.
Tratamento
Lipedema foi descrito pela primeira vez em 1940 e, desde então, o número de diagnósticos e estudos sobre o tema têm aumentado. No entanto, a condição ainda não tem cura, mas intervenções cirurgias costumam ser bem-sucedidas pois é incomum haver reincidência.
A fim de oferecer qualidade de vida, é fortemente recomendado a prática de atividades físicas, especialmente caminhada e natação. Também é muito importante cuidar da alimentação, com baixa ingestão de alimentos derivados do leite e processados.