“Etarismo: Fui vítima de preconceito por ser uma pessoa idosa. É crime? Como posso me defender?”
O etarismo é um tipo de preconceito que se baseia na idade de uma pessoa. Esse preconceito pode levar à discriminação, inferiorização ou limitação de oportunidades. Infelizmente, o etarismo ainda é muito comum em nossa sociedade, especialmente em relação aos idosos.
Pessoas idosas são frequentemente vítimas de etarismo em seus locais de trabalho, em suas famílias e em suas comunidades. São desrespeitadas, ignoradas e subestimadas, o que pode levar a consequências graves em sua saúde física e mental.
No Brasil, o etarismo é considerado uma forma de discriminação etária, que é proibida pela Constituição Federal e pela Lei nº 10.741/2003, conhecida como Estatuto do Idoso ou Lei da Pessoa Idosa. De acordo com o artigo 3º do Estatuto, é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar todos os direitos fundamentais, com respeito à sua dignidade, saúde, lazer, trabalho, cultura, educação, entre outros.
Além disso, é prevista punição para aqueles que praticarem atos de discriminação contra pessoas idosas, de acordo com o artigo 96. A pena pode variar de multa até a suspensão do funcionamento do estabelecimento ou atividade que tenha praticado a discriminação.
Medidas Legais
Para se defender, pode-se tomar algumas medidas legais, como:
- Registrar boletim de ocorrência em uma Delegacia de Polícia
- Denunciar o caso ao Ministério Público
- Ajuizar uma ação na Justiça
É importante que as provas e testemunhas sejam coletadas para fortalecer a defesa, como gravações, mensagens e e-mails, por exemplo. Também é importante buscar apoio em instituições especializadas no atendimento a pessoas idosas, como o Conselho Municipal do Idoso, o Conselho Estadual do Idoso, a Defensoria Pública e as Delegacias Especializadas do Idoso.
O etarismo é uma prática ilegal e deve ser combatida em nossa sociedade. As pessoas idosas têm direitos garantidos por lei e devem ser respeitadas e valorizadas por sua contribuição à sociedade. Em casos de preconceito, é importante buscar apoio em instituições especializadas e tomar medidas legais para fazer valer seus direitos.
O respeito à dignidade e aos direitos das pessoas idosas é um dever de todos e deve ser promovido por meio da conscientização e da educação.
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Vagner Cordeschi é Relações Públicas, com especialização em Gerenciamento de Negócios e último anista em Direito pela UniFio, de Ourinhos; e responde suas dúvidas em nossa seção “Sua Voz, Seus Direitos”
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